Sinceridade
Dou por mim muitas vezes a pensar no que será realmente ser sincero.
Ser verdadeiro com o mundo em todas as vertentes é um desafio pessoal colossal se não mesmo intangível.
Se ponderarmos bem no assunto conseguimos reminiscir à fase mais pura das nossas vidas, a 1ª fase da nossa infância, a única fase em que a sinceridade é praticada em todo o seu esplendor.
Apenas uma mente virgem consegue reproduzir tal mito. Mas mesmo nessa altura, ao contrário daquilo que entendemos como sinceridade, somos deparados com uma cruel forma de expressão, que nos faz pensar duas vezes na beleza do que é ser sincero.
“Mãe tas gorda”
“Cheiras mal”
“Pai estás a ficar careca”
“A mãe do João é mais bonita do que tu”
Por vezes ser verdadeiramente sincero é ter livre-trânsito para ser inocentemente cruel.
Quando crescemos, e aspiramos o fumo do preconceito, aprendemos sobre o cinismo, ganhamos auto-estima e vamos ganhando “vergonha na cara”, inteligentemente, ou inconscientemente apercebemo-nos que ser sincero ou receber uma boa dose de sinceridade “pelas trombas abaixo” pode ser uma experiência extremamente desagradável … e por vezes moralmente e civicamente incorrecto. Passamos nesse momento a ser aquilo que gosto de chamar uns grandessíssimos “Seres Humanos”.
É interessante o facto de uma pessoa sincera ser uma muitas vezes rotulada de “boa pessoa”. Errado! O brilhante das boas pessoas ditas “boazinhas”, é exactamente a sua afinidade para pôr a sinceridade de lado, e optarem por ser assertivas em qualquer situação, conseguindo suprimir a sua natureza grotesca, subjugando-a com um filtro de bom senso . Negar os nossos impulsos mais íntimos torna-se o auge da nossa racionalidade.
Dou por mim muitas vezes a pensar no que será realmente ser sincero.
Ser verdadeiro com o mundo em todas as vertentes é um desafio pessoal colossal se não mesmo intangível.
Se ponderarmos bem no assunto conseguimos reminiscir à fase mais pura das nossas vidas, a 1ª fase da nossa infância, a única fase em que a sinceridade é praticada em todo o seu esplendor.
Apenas uma mente virgem consegue reproduzir tal mito. Mas mesmo nessa altura, ao contrário daquilo que entendemos como sinceridade, somos deparados com uma cruel forma de expressão, que nos faz pensar duas vezes na beleza do que é ser sincero.
“Mãe tas gorda”
“Cheiras mal”
“Pai estás a ficar careca”
“A mãe do João é mais bonita do que tu”
Por vezes ser verdadeiramente sincero é ter livre-trânsito para ser inocentemente cruel.
Quando crescemos, e aspiramos o fumo do preconceito, aprendemos sobre o cinismo, ganhamos auto-estima e vamos ganhando “vergonha na cara”, inteligentemente, ou inconscientemente apercebemo-nos que ser sincero ou receber uma boa dose de sinceridade “pelas trombas abaixo” pode ser uma experiência extremamente desagradável … e por vezes moralmente e civicamente incorrecto. Passamos nesse momento a ser aquilo que gosto de chamar uns grandessíssimos “Seres Humanos”.
É interessante o facto de uma pessoa sincera ser uma muitas vezes rotulada de “boa pessoa”. Errado! O brilhante das boas pessoas ditas “boazinhas”, é exactamente a sua afinidade para pôr a sinceridade de lado, e optarem por ser assertivas em qualquer situação, conseguindo suprimir a sua natureza grotesca, subjugando-a com um filtro de bom senso . Negar os nossos impulsos mais íntimos torna-se o auge da nossa racionalidade.
É claro que se pode falar de “boa educação”
Educação:
do Lat. Educatione; s. f., acto ou efeito de educar; aperfeiçoamento das faculdades humanas; polidez; cortesia.
Cortesia:
s. m., dedicação pelo interesse público, pela pátria; patriotismo.
Boa educação não passa de um agente modulador da sinceridade. É um filtro que elimina os nossos pensamentos negativos, perversos e muitas vezes obscenos, e os torna em hipocrisia socialmente aceite. Mesmo que a mensagem se mantenha, o resultado mágico da influência bruta do nosso sistema límbico, foi moldado pelo hipócrita do córtex. Para ser cortês, bem-educado, é preciso por acima de nós próprios o interesse público, e isso é exactamente o contrário de ser sincero (apenas quando o interesse público vai de encontro com os nossos mais espontâneos pensamentos podemos dizer que isto não é verdade).
Portanto a supressão ou polidez da sinceridade, não passa de uma forma de censura sem a qual o convívio humano seria uma pouco como um jogo de final de campeonato entre o Benfica e o FCP. Basicamente “armas e bombas e socos nas trombas”.
Acredito que encontrar verdadeira sinceridade no coração de um Humano adulto é como procurar um trevo de 4 folhas… todos nós ouvimos falar que existem, e eventualmente conhecer alguém que já encontrou, mas quando nos dedicamos a procurar, nunca conseguimos encontrar nenhum.
Continuamos a viver num mundo de falsidade, e julgamos o próximo segundo aquilo que não gostamos em nós próprios. Mas de outra forma não seria possível …
Lembro-me de crescer a ouvir as frases:
“Ricardo não podes dizer isso … não está certo”
“ … Só pensas em ti … eu também tenho sentimentos… “
“Ricardo tens de te controlar, não podes dizer tudo o que te vem cabeça”
E no fim destes ensinamentos e formatação mental… eis que surge o verdadeiro dogma:
“Faças o que fizeres… tens de ser sincero contigo próprio”
Hypocritical bull shit …. !
Educação:
do Lat. Educatione; s. f., acto ou efeito de educar; aperfeiçoamento das faculdades humanas; polidez; cortesia.
Cortesia:
s. m., dedicação pelo interesse público, pela pátria; patriotismo.
Boa educação não passa de um agente modulador da sinceridade. É um filtro que elimina os nossos pensamentos negativos, perversos e muitas vezes obscenos, e os torna em hipocrisia socialmente aceite. Mesmo que a mensagem se mantenha, o resultado mágico da influência bruta do nosso sistema límbico, foi moldado pelo hipócrita do córtex. Para ser cortês, bem-educado, é preciso por acima de nós próprios o interesse público, e isso é exactamente o contrário de ser sincero (apenas quando o interesse público vai de encontro com os nossos mais espontâneos pensamentos podemos dizer que isto não é verdade).
Portanto a supressão ou polidez da sinceridade, não passa de uma forma de censura sem a qual o convívio humano seria uma pouco como um jogo de final de campeonato entre o Benfica e o FCP. Basicamente “armas e bombas e socos nas trombas”.
Acredito que encontrar verdadeira sinceridade no coração de um Humano adulto é como procurar um trevo de 4 folhas… todos nós ouvimos falar que existem, e eventualmente conhecer alguém que já encontrou, mas quando nos dedicamos a procurar, nunca conseguimos encontrar nenhum.
Continuamos a viver num mundo de falsidade, e julgamos o próximo segundo aquilo que não gostamos em nós próprios. Mas de outra forma não seria possível …
Lembro-me de crescer a ouvir as frases:
“Ricardo não podes dizer isso … não está certo”
“ … Só pensas em ti … eu também tenho sentimentos… “
“Ricardo tens de te controlar, não podes dizer tudo o que te vem cabeça”
E no fim destes ensinamentos e formatação mental… eis que surge o verdadeiro dogma:
“Faças o que fizeres… tens de ser sincero contigo próprio”
Hypocritical bull shit …. !
Um comentário:
Olá Ricardo, li seu texto falando do polêmico assunto a cerca da sinceridade... adoro esse assunto, e tenho um sonho: escrever um livro "provando" que ninguém é sincero. Minhas idéias são bem parecidas com as suas no que diz respeito a ser sincero de verdade... temos o mesmo alvo e o mesmo ideal. Gostaria que se quisesse trocar umas idéias sobre isso, voce pode me ajudar? meu msn é victor@cresce.net Até mais e forte abraço! Victor 13rito
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