3.05.2010

Amigos

fomos fugazes. corajosos.. fomos traiçoeiros nas nossas despreocupadas conquistas .Devaneios boémios, nas diligências contínuas ao recreio dos prazeres. Cabe na mão o entulho que levamos para o outro lado... o nosso saco vai cheio. Não somos feitos de vitórias, somos os calhaus rolados nos rápidos de um rio, polidos ao chocarmos uns nos outros pela inércia da corrente. Do caos nascemos, e do caos sorvemos pequenas gotas de significado... cegos durante a viagem... surdos durante a estadia... mas mudos Nunca! As nossas vozes ecoarão nas alas do além, quando o nosso tributo for reconhecido. Somos voláteis criaturas, pequenos compassos na melodia divina... Mas sem nós o silêncio ... seria apenas ausência de barulho....