3.22.2008

Consciência


A forma como pensamos!

"A sociedade repousa sobre a consciência e não sobre a ciência." (Henri Frédéric Amiel)

"A minha consciência tem para mim mais peso do que a opinião do mundo inteiro." (Cícero)


Podemos encarar a vida como algo aleatório, um simples acaso que foi criado sob a influência de pura coincidência, num Universo feito de caos...

Podemos também pensar que somos a criação de uma entidade superior que resolveu criar seres minúsculos à sua própria imagem.

São duas visões completamente distintas da realidade, e que entram em conflito na sua base ideológica. No entanto ambas perseguem a resposta às mesmas perguntas : quem sou eu...? como é que tudo isto funciona... ? o que é que eu estou aqui a fazer...? de onde e como surgiu tudo o que eu vejo ...? ... a perseguição da verdade absoluta ...

Ambas tiveram um braço comum na sua origem, mas com o passar do tempo distanciaram-se. É curioso analisar que uma age de acordo com o aquilo que acredita ser verdade, enquanto a outra age na crença que é possível descobrir essa verdade. Embora estas sejam (como alguém disse) afirmações simplistas ajudam a chegar a uma observação intrigante... ambas estão mais próximas do que nunca desde a sua separação...

Embora a Ciência se mova através de factos comprováveis, está a ser confrontada com a necessidade de "acreditar" nas "respostas". Porque até aquilo que parece ser facto, está sujeito a uma margem de erro e subjectividade que não pode passar despercebida, e a recorrência a um acto voluntário de aceitação é necessária para ter em consideração as probabilidades de esse facto ser verdadeiro.

As novas investigações acerca da teoria Quântica por exemplo, estão a trazer para o mundo uma imagem controversa, que desafiam as mentes mais críticas e cépticas, e até a ciência parece estar no caminho de encontrar a sua própria espiritualidade...

Uma das coisas que esta teoria prevê é o seguinte: agarrarmos em dois electrões de um átomo, e deixamos um aqui, e levamos o outro para o outro lado do Uviverso ... se estimularmos o electrão que ficou cá, o outro responde exactamente ao mesmo tempo. Este fenómeno só pode ser tuas explicações, ou a informação viaja a uma velocidade infinita, ou dois electrões ainda estão ligados... Se "aceitarmos" a teoria do Big Bang como verdadeira, podemos supor que tudo o que existe continua ligado de certa forma. O que isto trás de curioso para o entendimento de nós próprios, é que todos nós estamos ligados ... e estamos ligados com tudo o que existe desde o momento do Big Bang .... uma pequena bola concentrada de energia pura transformou-se numa complexa e estruturada rede energética a que chamamos Universo... onde por sua vez existe um pequeno planeta onde se formou vida .... e por sua vez a vida tornou-se consciente ... nós.

O lindo disto tudo e onde hoje eu encontro algum significado, é que sobre a influência ou não de um agente superior o Universo tornou-se consciente.

Acho que o principal problema da consciência Humana acaba por ser a nossa própria individualidade ...

uns dizem:

"Eu" continuo a ser "eu" mesmo que morra"

pois eu digo:

"Eu" faço parte de algo muito maior mesmo que morra"

3.15.2008

Fé!

FÉ!

Durante muito tempo ignorei o verdadeiro significado desta palavra! ... na verdade não passa de uma palavra... mas o sentimento que a define, é normalmente tomado como garantido, e facilmente se tornou num preconceito ... mais uma banalidade social cujo significado desvanece com o passar do tempo.
Não se trata de fundamentalismos religiosos... quando algo nos é apresentado, quando somos confrontados com uma questão, surgem possibilidades, alternativas, cujo valor não é real senão dentro de uma certa probabilidade... fé não é aceitar a verdade que todos aceitam porque sim!... porque o pai, e o avô acreditava e o pai do pai do avô acreditava até á origem do preconceito...
Fé é ter a coragem de agir em território desconhecido aceitando as probabilidades... todos nós temos actos de fé todos os dias... nas mais pequenas coisas...

Quando acordamos, e nos decidimos a levantar da cama, os nossos olhos percepcionam o chão, e aceitamos realmente que estamos a ver o chão ... mas na verdade o que estamos a ver é uma interpretação daquilo que o nosso cérebro percepciona como real ... não a realidade... quando nos decidimos a pôr o pé no chão estamos a aceitar a probabilidade de que realmente está ali o chão e não uma falésia... aceitamos sem questionar que a interpretação do nosso cérebro é verdadeira e que não corremos perigo de vida!