9.17.2008

A melhor recompensa!


pois é ... ainda não tinha tido paciência nem disponibilidade mental para falar um pouco da minha aventura este verão ... Na verdade foi uma avalanche de informação "imensa" e foi necessário algum tempo para digeri-la. Agora que passou a euforia, e o pó já assentou é altura de reflectir um pouco no que se sucedeu naqueles mágicos 20 dias e 20 noites ... "de Domingo" ... e é melhor fazê-lo antes que comece a sentir os primeiros sintomas de ressaca!

Foi para mim uma experiência sem igual...! Foi uma viagem de reflexão, e contemplação pessoal, que pude partilhar ao vivo com dois compinchas.

Tive a oportunidade de contemplar, maravilhas que se estendem por todo o "espectrum da beleza". Cada canto tinha a sua personalidade, as suas características próprias, e uma forma de encanto diferente da anterior. A pergunta mais difícil que me podem fazer é "o que é que gostas-te mais?" ... pergunta para a qual ainda não consegui encontrar resposta ... sei sim responder o contrário... o pior foi sem dúvida Bruxelas ... embora tenha tido as minhas surpresas por lá ... mesmo assim não a riscava do percurso se voltasse atrás.

Uma coisa que de facto levo comigo para sempre, para além das óbvias e muitas imagens fantásticas que pude ver, das inúmeras situações caricatas que vivi, e dos muitos momentos únicos que vivenciei... uma das coisas que jamais esquecerei, é do sentimento único que é rolar ao sabor do vento sem compromissos, e apenas com o horizonte como destino ... a paz de espírito que se alcança quando viajamos no desassossego de chegar cada vez mais longe, com a impaciência e curiosidade infantil de ver o desconhecido. Faz-nos sentir que realmente somos pequenos... lembra-nos que o tempo que passamos neste mundo embora curto, pode ser uma pequena dádiva se tivermos sorte, e atitude. Os olhos brilham, o sorriso teima em não sair do rosto ... e a vida torna-se muito mais simples ... a própria noção do "eu" desvanece ... deixamos de ter consciêcia de nós próprios, e tudo se passa a centrar no momento, no agora ... na mais pura forma de existência... suspira-se mais... pensamentos aleatórios difusos, são soprados suavemente deixando apenas uma leve sensação de frescura. Nada nos prende a atenção... e de repente ... por breves momentos, apercebemos-nos do verdadeiro sabor da vida... apercebemo-nos da nossa própria existência ... estar aqui e agora... é no momento que existimos... no passado já deixámos de existir , e no futuro ainda não existimos...

É irónico... para ter noção de que existimos, temos quase de nos elevar a um estado de nirvada, em que nada existe para além da própria existência em si ... no entanto, o momento em que nos apercebemos dessa sensação, é o momento em que ela acaba, porque já nos estamos a consciencializar do que acabou de acontecer... de forma a obtermos significado das nossas experiências temos de nos libertar delas... deixamos de "reagir" e começamos a "pensar" ... deixamos de existir, e passamos a pensar no momento em que existimos ..."

... consegui "ser" ... por mais efémero que tenha sido ... consegui "ser"

Um comentário:

Anônimo disse...

O importante é ser!
Ser sempre!

K&H,
Dark Moon